Hoje falaremos sobre biossegurança. O que é biossegurança, mais especificamente na odontologia? O termo é complicado, mas a explicação é simples. Ela representa tudo o que pode e deve ser feito com a finalidade de proteger paciente e equipe odontológica das chamadas "infecções cruzadas".
Infecção cruzada é aquela que se adquire através de um objeto contaminado por outra pessoa. Por exemplo : se uma pessoa estiver com uma virose e utilizar um copo, este copo ficará contaminado com o vírus da pessoa que o utilizou. Se este copo não for devidamente desinfetado, outra pessoa pod:erá adquirir a doença ao utilizar o mesmo copo.
A biossegurança é um conjunto de medidas que impedem a proliferação e o contágio de infecções agudas ou crônicas. Começa com desinfecção e vai até a esterilização de objetos e locais.
O que me assusta é que a maioria dos frequentadores de consultórios odontológicos desconhecem o assunto. Mais grave ainda é constatar que, na busca desenfreada por maiores lucros, alguns profissionais deixam de se preocupar com o que deveria vir em primeiro lugar : a segurança de seus pacientes.
As doenças que mais preocupam dentro de um consultório odontológico são as infecções causadas por vírus e bactérias resistentes aos métodos de esterilização. Exemplo: herpes, hepatites A,B e C (com ênfase para as duas últimas), infecções do trato digestivo provocadas por bactérias da boca, infecções do trato respiratório e finalmente a AIDS.
Embora a AIDS seja uma doença que ainda assusta, saibam que é muito fácil exterminar o vírus HIV, pois ele não se mantém vivo por muito tempo fora dos fluidos humanos (sangue, sêmem e saliva). Sobre superfícies inertes ele morre. Até processos simples de desinfecção com álcool 70% são capazes de eliminá-lo. Já o vírus da hepatite necessita de duas horas de esterilização em estufa a 180°C ou uma hora em autoclave (esterilização que combina calor e pressão).
É necessário que a equipe odontológica providencie meio de se proteger e proteger o paciente. Uso de descartáveis, material devidamente embalado, toucas, luvas, óculos de proteção, produtos bactericidas e bacteriostáticos como cuidado pré-esterilização e desinfecção. Todo esse arsenal tem um custo, que deverá ser repassado nos honorários odontológicos.
Lembre-se que nada é caro por acaso. Nem sempre o mais barato é seguro.
Não quero espalhar terror, mas sempre existe a hipótese de você entrar em um consultório para trocar uma simples restauração e sair contaminado por alguma doença grave.
Fique de olho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário